Religião e Espiritualidade são temas que se entrelaçam e até mesmo, se confundem. Cada pessoa tem sua forma própria de compreender e até de abordar esse tema, que é muito sensível por se tratar da crença das pessoas.
Tendo isso em mente, meu intuito com esse post NÃO é trazer uma verdade absoluta, mas simplesmente jogar luz sobre o tema e compartilhar algumas experiências que tive,
juntamente com a minha visão para aquelas pessoas que desejam iniciar um processo de evolução espiritual um pouco mais independente de sua religião de origem.
Portanto, se esse texto não ressoar com seu momento de vida ou com a sua busca atual, por favor.. continue buscando até encontrar suas respostas.
Você certamente as encontrará, no momento certo!
Falando de uma forma bem básica, podemos entender a religião como sendo um modo 'mais fechado' de cuidar da nossa vida espiritual.
Mais fechado no sentido de que quando você adere a uma doutrina religiosa, ela já conta com seus rituais, acreditares, cultos, crenças e tipos de celebração nas suas mais variadas formas de expressão.
Obviamente que o objetivo de uma religião é cuidar do espírito. Desde que isso aconteça dentro do entendimento e do que é permitido acreditar naquela doutrina religiosa.
Isso significa que mesmo que participemos daquela religião a muitos anos, não podemos chegar lá querendo mudar as coisas.
Mesmo que nossas ideias sejam ótimas ou até, visívelmente melhores que as vigentes.
Provavelmente existe toda uma hierarquia dentro dessa instituição religiosa e para que qualquer mudança aconteça, pode demorar meses ou anos. Se acontecer!
Ao meu ver, todas as religiões tem prós e contras. Ou seja, sempre poderemos aprender algo de bom com a maioria delas e certamente que todas tem algo que pode ser melhorado.
Só que, como eu disse, essa melhoria pode nunca acontecer.
E as vezes essas melhorias deixam de acontecer simplesmente pelo ego que resulta da importância que se dá à rigidez hierarquica dentro da instituição.
Em muitas religiões é vigente o modelo "pastor e ovelhas", onde um fala e os demais só ouvem.
Isso pode parecer algo bastante organizado, mas não temos a possibilidade de perguntar, participar da reflexão, questionar modelos e nem mesmo de falar.
Isso impossibilita a troca e o sanar de nossas eventuais dúvidas.
E apesar de isso pode ser algo muito perigoso pra nós, ouvintes aprendizes, pode ser conveniente para alguns tipos de pastores..
que não precisam sequer refletir sobre o que estão "ensinando". Basta decorar algumas partes e reproduzir.
Provavelmente nunca serão questionados ou interrompidos.
Quando conseguimos chegar nesse nível da conversa, podemos perceber que alguns deles não sabem profundamente sobre aquilo que pregam.
Ou pior, que a resposta é meramente decorada! E não é raro que até mesmo em suas próprias vidas eles não vivam aquilo que pregam.
E se insistimos.. geralmente a resposta é que "não se deve questionar isso".
Fato é, que essa prática de monólogo, pode ter "formado" um time líderes espirituais, que quando são questionados, não sabem o que responder!
Pois não estão acostumados a terem suas ideias confrontadas ou simplesmente, questionadas.
Muitos deles se acomodaram a reproduzir ideias, sem refletir sobre elas, pelo hábito de falar para um público passivo.
Essa falta de consistência pode acabar distorcendo a mensagem de amor e confundindo algumas pessoas sobre suas crenças, valores e sobre o caminhar para sua iluminação pessoal.
Em níveis extremos, isso pode conduzir à intolerância religiosa, preconceito velado, falsa humildade, falta de empatia para com o próximo e um profundo, secreto e gradual 'desacreditar da fé', já que, em muitas das vezes, não se vê coerência entre o que seu lider espiritual prega e o que ele faz.
Tem alguns temas que prefiro não colocar aqui, mas algumas religiões partem de um princípio que é justamente contrário à evolução Espiritual. Como por exemplo; Julgar a vida do próximo. Que inclusive era algo que o próprio Jesus Cristo pedia para não fazer.
Em algumas religiões, julgar a vida do próximo sem qualquer amorosidade, empatia, compaixão e acolhimento é o 'mot' principal do início ao fim do culto.
Lógico que esse é só um exemplo. Eu poderia citar inúmeros. Mas como eu disse, é um tema sensível e eu prefiro não ir tão à fundo aqui.
A parte muito boa que há nas religiões é que uma comunidade religiosa, quando bem orientada, tem o poder de acolher e ajudar a levantar a vida de alguém que não está bem.
Temos inúmeros exemplos de pessoas que 'tomaram um rumo na vida' depois que decidiram participar de alguma religião.
Já a ideia de espiritualismo, geralmente surge quando temos a visão de que se Deus quiser se comunicar com cada um de nós e quando somos merecedores desse Diálogo, Ele tem capacidade para fazer isso sem precisar de templos ou intermediários.
E para algumas religiões, simplesmente pensar dessa forma, já pode ser visto como algo herege.
Mas quando estamos já a muitos anos inserido em uma doutrina religiosa, já decoramos todas as missas, e percebemos que não há evolução nem qualquer chance de encontrar as respostas que buscamos, ali..
Porque se você está a muitos anos participando de uma religião, vai perceber que as coisas não mudam muito e que você nunca é 'graduado'.
Geralmente não há uma evolução, como aconteceria em uma escola, por exemplo. Ou seja, você pode ficar 30 anos lá que você vai continuar assistindo as mesmas missas que aqueles que entraram ontem.
Sei que há excessões, e que há bons pastores e bons padres aqui e acolá, que inclusive se esforçam com muito amor para fazerem um trabalho lindo.
Mas.. mesmo esses, não podem fugir muito da doutrina imposta pelo seu templo religioso. É aquilo e pronto. Não tem muita evolução.
É muito raro que aconteça, dentro de uma religião, de alguém chegar pra você e dizer: "Olha, você está assistindo as missas a cinco anos, agora você vai para o próximo nível".
Até porque, se acontecesse dessa forma, em algum momento, "correríamos o grande risco" de a pessoa atingir a sua iluminação. E não sabemos se este é realmente o intuito de todas as religiões!
Fiéis iluminados poderiam sair da igreja, não pagariam mais dízimo, poderiam questionar bastante e talvez isso fosse algo super desinteressante para aquela doutrina em questão.
Então, com um pouco de sorte e boa vontade você pode acabar descobrindo que você mesmo pode administrar seu crescimento espiritual de forma responsável, sem que esse processo esteja necessariamente vinculado à uma religião
É obvio que esse é um papo bem avançado e certamente que não podemos ter esse tipo de diálogo com uma pessoa que sequer tem vida espiritual ativa.
Simplesmente porque se nós falarmos isso, por exemplo, para uma pessoa que está com sua vida afundada em vícios e prazeres mundanos,
Ao ouvir isso é só o que basta para essa pessoa que está com a vida toda torta dizer algo como;
"olha aí.. eu falei que não preciso de igreja!".
Quando provavelmente, uma religião é justamente o que ela mais precisa, naquele momento da vida. Você me entende?
Espiritualismo é para quem tem condições básicas de autogerenciamento, bom ânimo e alguma disciplina para buscar e cuidar da sua evolução espiritual.
Não serve para todo mundo e vai depender do momento de vida que cada um está vivenciando.
Por isso, eu conto com o discernimento e bom senso de cada um de vocês para interpretar e encaixar o que está sendo dito aqui, dentro de um contexto positivo.
Que realmente vá te ajudar ou ajudar outras pessoas que você ama, em sua jornada.
Uma religião é algo essencial para a iniciação espiritual. Fazendo uma analogia, é como se fosse da primeira série até o ensino médio.
É algo fundamental e que não dá pra pular! Só que algumas pessoas não querem parar no ensino médio. Elas querem ir além!
E para essas pessoas que querem mais, pode ser muito entediante e improdutivo ficar ouvindo a repetição das "aulas do ensino médio" (ou das mesmas lições religiosas), pelo resto de suas vidas.
Nesse momento, o espiritualismo pode fazer algum sentindo na sua vida. Mesmo que seja como um complemento daquilo que você está aprendendo dentro do templo.
Se isso for permitido na sua religião né.. claro!
A religião é para ser vivenciada com contemplação e Fé.
Não deveria servir para intimidar, proibir, julgar, generalizar, impor.. e muito menos, fazer xacota com a dor do irmão da igreja.
Tenha uma religião, mas crie e cultive sua espiritualidade. Pois, a espitirualidade é o alimento da Alma!
Fabrícia TerapeutaObrigada pela leitura! Desejo que este material possa somar para o seu desenvolvimento na sua jornada, Gratidão!
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"Obrigada por sua visita! Que a vida possa te abençoar com sabedoria, paz e luz em cada movimento que fizeres.."